Na abertura da Copa do dinheiro privado que se transformou em público, disputado no estádio de um bilhão de reais que nunca será devolvido ao erário (quem duvida, sugiro ler o dossiê da revista “Exame”), nada mais emblemático que a seleção da CBF ganhar de forma vergonhosa, com um pênalti inventado por um assoprador de apito que foi o juiz da eliminação do Brasil para Holanda, em 2010. Dessa vez, o japonês compensou.
Os teoristas de conspiração terão um prato cheio: estaria a Copa comprada, como sugeriram vários leitores do blog? Quero acreditar que não. Mas, em se tratando de FIFA, não duvido de nada. Don Corleone é trombadinha perto desses caras.
Até o juiz inventar o pênalti em Fred, o jogo foi sonolento. A seleção do Marin dependia unicamente de arrancadas de Neymar e de roubadas de bola de Oscar, o melhor em campo. Não houve uma jogada de linha de fundo, uma tabela, uma penetração, nada.
Quando o meio de campo da Croácia começava a dominar o jogo, no segundo tempo, veio o pênalti escandaloso. Foi um lance tão absurdo, que não é possível que não será manchete em todo o mundo. Imagino o que não estão dizendo na Argentina.
Joana Havelange se enganou: nem tudo que poderia ter sido roubado já foi roubado. Está aí o pênalti pra provar.
Não contente, o juiz anda deixou de marcar uma falta de Ramires, que deu origem ao gol de Oscar. Na hora, achei que foi falta. Revi o lance e continuo achando.
Antes do jogo, rolou a abertura, um espetáculo chinfrim e desanimado demais para um país que tem Carnaval, Parintins e São João. O que prometia ser emocionante - o "exoesqueleto" que ajudaria um menino paraplégico a andar - foi jogado de escanteio na cerimônia. Triste.
Se a integração racial e cultural do Brasil foi o tema principal da festa de abertura, isso não se refletia na arquibancada. O público do estádio era mais branco que o da Noruega. Achar um negro entre os espectadores era tarefa dura.
Dilma e Blatter amarelaram e sumiram da festa. Foram substituídos por crianças e pombas brancas. E ninguém vaia crianças e pombas, não é mesmo?
Mais uma vez, a FIFA e o governo enfrentaram os problemas e questões espinhosas da Copa como vêm fazendo há sete anos: evitando o assunto.
Pode botar essa vitória na conta do japonês.
Bom fim de semana a todos.
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