Nunca imaginei que um dia vibraria com um time vestido de rubro-negro. Mas o massacre imposto pela Alemanha – o maior vexame da história das Copas do Mundo – foi um delírio, do início ao fim.
A traulitada prova algumas coisas: a primeira é que cara feia não ganha jogo. Não adianta David Luiz e Júlio César cantarem o hino com cara de Chuck Norris, segurando uma camisa de Neymar.
O que ganha jogo é um time bem treinado, com variações táticas, controle emocional, boa forma física e raça. Coisas que a selecinha da CBF não tem. E nunca terá enquanto o treinador for um chucro como Felipão, técnico ultrapassado e obsoleto.
No dia em que pegou um time forte, e não as cinco babas que havia enfrentado, o time da CBF mostrou o que é: um bando mal treinado e prepotente, que ainda acha que camisa ganha jogo.
Obrigado, Joachim Loew, técnico tão criticado na Alemanha, mas que nunca, nunca, nunca tratou mal ninguém, nunca xingou jornalista ou foi arrogante.
Obrigado, Klose, por ter batido o recorde de Ronaldo, um atleta de primeira e uma figura pública de quinta.
Obrigado, Kroos, por ter varrido do mapa qualquer menção a Neymarketing, Neymártir, Neymala. Nem o mais Galvãobuênico dos torcedores será capaz de dizer: “Ah, mas se tivesse Neymar...” Se tivesse, teria sido de seis.
Obrigado, Muller, por não nos fazer ouvir Galvão gritando “É hexaaaa! É hexaaaaa!”
Obrigado, Schwensteiger, por ter acabado de vez com essa babaquice preconceituosa de dizer que alemão é “frio”. Perguntem ao povo de Santa Cruz Cabrália, na Bahia, onde os alemães se concentraram e encantaram o povo local.
Obrigado, Neuer, por acabar com a marra desse David Luiz, que ninguém conhece no Brasil, mas foi alçado a ídolo por alguns publicitários espertos, aproveitando seu “carisma”, que prefiro chamar de canastrice.
Enfim, obrigado a todo o time da Alemanha pelo show de bola, competência e humildade.
Que o Brasil aprenda com o chucrute que levou: que tire o poder da CBF, mande esses bandidos todos pra cadeia, valorize o futebol nacional e pare de elitizar os estádios. Nossos técnicos são ultrapassados, nossos campeonatos, uma piada. Estamos décadas atrasados em relação ao futebol de outros países e continuamos confiando no "jeitinho" - para construir estádios, montar um time, enfim, para tudo.
Chega de Marin, Felipão, Parreira, retranca, prepotência, corporativismo, CBF. Chega. Quem sabe, daqui a alguns anos, a gente possa ter pra quem torcer de novo.
The post COMO SE DIZ “CHUPA, PACHECADA!” EM ALEMÃO? appeared first on Andre Barcinski.