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Os 13 discos da vida de Mark Arm

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markarm 1024x576 Os 13 discos da vida de Mark ArmSensacional dica do leitor Eidur “Sassá” Rasmussen: o site The Quietus pediu a Mark Arm, do Mudhoney, que escolhesse e comentasse seus 13 discos prediletos (leia a matéria completa, em inglês, aqui). Aqui vai a lista, com um resumo dos comentários de Mark:

The Stooges - The Stooges


É difícil escolher entre The Stooges e Fun House, embora sejam tão diferentes. O primeiro tem alguns dos melhores riffs de guitarra de Ron Asheton. O som de guitarra é fantástico. De vez em quando, tem uma bateria tribal, coisa que Fun House não tem. The Stooges abre com “1969” e “I Wanna Be Your Dog”, mas logo depois vem uma coisa leve que dura nove minutos. Eu amo “We Will Fall” por sua estranheza.

Nick Cave & The Bad Seeds - Abattoir Blues/The Lyre Of Orpheus


Acho que a principal razão pela qual escolhi esse disco é que, por ser duplo, você leva mais pelo seu dinheiro. Abattoir Blues tem um quê de gospel, já Lyre of Orpheus é um disco menos barulhento, exceto pela faixa-título, uma de minhas favoritas. Amo a letra dessa música. Uma coisa sensacional sobre Nick Cave é a escuridão e humor de suas letras.

The Flesh Eaters - A Minute To Pray, A Second To Die


Esse disco era uma espécie de anomalia na época. Era parte da cena punk, mas não era um disco punk. Havia uma coisa, a princípio, que eu confundia com esse disco – bandas como 45 Grave e Christian Death, e o TSOL da era Dance With Me, quando tudo estava ficando um pouco satânico. Inicialmente, eu coloquei o disco do The Flesh Eaters nesse balaio, mas era muito melhor e à frente do tempo do que esses.

Discharge - Hear Nothing See Nothing Say Nothing


O Discharge faz músicas pop curtas. Eles são como haikais punks. Amo esse disco e ouço sempre. Para mim, não é só um grande disco punk, mas também um disco muito psicodélico, o que pode parecer estranho para algumas pessoas. De todos os discos que já ouvi louco de ácido, este é um dos que soou melhor. Você pode achar, com as letras e a capa, que isso pode ser meio assustador, mas ele te envolve no som. As guitarras parecem estar numa galeria de espelhos, de tantas camadas de som.

Really Red - Teaching You The Fear


Really Red veio do Texas e lançou Teaching You The Fear em 1981. Meu amigo Smithy e eu tínhamos um fanzine chamado Attack, e este foi um dos discos sobre o qual escrevemos. Nossa primeira banda, Mr. Epp, eventualmente tocou com eles. Há muita coisa ali para uma chamada “banda de punk hardcore”. Havia muita coisa legal saindo do Texas no início dos anos 80, como Big Boys e The Dicks, depois o Butthole Surfers.

Tales Of Terror - Tales Of Terror


Tales Of Terror era de Sacramento (Califórnia). Infelizmente, esse disco nunca foi relançado. Eles passaram por Seattle e fizeram um show, e destruíram o lugar. Isso foi por volta de 1984, quando eu estava procurando algo além do hardcore. Eles eram selvagens e, infelizmente, alguns já morreram e um deles está debilitado por causa de drogas, o que é terrível.

Bizarros - Bizarros


Bizarros são demais. Amo o disco de estreia deles, de 1979, com um som sujo, um hiper-Velvet Underground. Você percebe claramente a influência de Lou Reed ali. Dei uma procurada na banda recentemente e descobri que ainda estão tocando. Da próxima vez que formos a Ohio, vamos tocar com eles.

Devo - Duty Now For The Future


Eu poderia ter escolhido o primeiro disco, ou mesmo Freedom of Choice, mas gusto da crueza de Duty Now for The Future. Para mim, eles eram cínicos, mas também muito engraçados. Eles criaram toda essa mitologia em torno deles próprios. Outras bandas fizeram o mesmo – acho que o Magma tinha essa automitologia, então o Devo não foi o primeiro – mas, na época, pareceu muito futurista e novo.

The Residents - Duck Stab/Buster & Glen


Originalmente eram dois EPS que foram colocados juntos, formando um LP. Não tenho as versões originais das músicas, mas tudo soa com um disco único e captura a banda em seu estado mais acessível. Eles sempre foram um pouco assustadores. E acho esse aspecto soturno do Residents muito, mas muito atraente.

Jimi Hendrix - Hendrix In The West


Esse disco é uma compilação de versões ao vivo. Acho que quatro músicas são de um show em San Diego, em 1969, e logo depois Noel Redding saiu da banda. Há uma versão de “Spanish Castle Magic” que é incrível, só essa música vale o disco. E se você procurar, dá para achar o disco pirata com a íntegra desse show de San Diego, que recomendo demais.

Alice Coltrane - Journey In Satchidananda


É um disco fantástico, com uma vibe linda e tranquila. É acessível para quem não é familiarizado com jazz, mas também tem um lado solto e livre. Não é free jazz, é definitivamente modal. Pharoah Sanders toca no disco. Às vezes, Alice Coltrane toca harpa e soa como um sonho. É um de meus discos prediletos para ouvir de manhã no trabalho (na Sub Pop). Provavelmente deixo meus colegas de trabalho malucos de tanto que toco esse disco.

Pharoah Sanders - Black Unity


Black Unity é uma canção de 35 minutos, e é free jazz, mas tem um groove profundo. O disco tem um baterista e um par de percussionistas, e o baixista toca junto com eles. É quase como uma versão jazz da música “Fun House”, dos Stooges, se é que isso faz algum sentido.

The Stranglers - Black And White


Amo esse disco. Amo o início do Stranglers. O som do baixo é sempre tão bom, é o instrumento principal. O Stranglers era uma banda tão estranha, eles têm esses teclados clássicos à Rick Wakeman por todos os lugares, mas, no caso de Black and White, parecem mais sintetizadores, o que é muito legal. O disco tem algumas de minhas músicas favoritas da banda e termina com “Enough Time”, que é simplesmente uma canção brutal e grandiosa.

Bom feriado a todos. O blog volta segunda-feira, dia 8.

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