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CUIDADO COM O DÉBITO-FANTASMA!

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ghost with bag CUIDADO COM O DÉBITO FANTASMA!

Não conheço uma pessoa que esteja feliz com a empresa de celular que escolheu. Os brasileiros pagam as ligações mais caras do mundo e têm um serviço podre. Isso não é novidade. Mas o que aconteceu comigo, há algumas semanas, merece ser dividido com os leitores.

Há pouco menos de um ano, comprei dois celulares e fiz planos da empresa que vou chamar de Estrume (para ninguém achar que estou fazendo propaganda das outras operadoras, Dejeto, Asco e Ranho). Botei as contas dos dois telefones da Estrume em débito automático.

Três meses depois, nossos telefones foram cortados por falta de pagamento. Chequei o extrato bancário e vi que os débitos da Estrume tinham sido realizados. Liguei para a Estrume, e a atendente disse que o pagamento não constava no sistema da empresa. Seguindo as orientações da moça, imprimi os comprovantes e enviei ao SAC da Estrume.

Mais duas semanas passaram, e nossos telefones continuavam cortados. A Estrume sequer confirmou o recebimento dos comprovantes. Fui a uma loja da Estrume em São Paulo, esperei 50 minutos para ser atendido e falei com o gerente, que confirmou que os pagamentos não constavam do sistema. Ele sugeriu que eu pagasse de novo as contas, para que os aparelhos fossem religados, e depois brigasse com a Estrume para receber o dinheiro de volta.

O gerente imprimiu os dois boletos. Percebi que os valores que constavam dos boletos eram diferentes dos valores que haviam sido pagos em débito automático. Coisa pequena, um ou dois reais em cada conta. Liguei para o banco e tive mais uma surpresa: sem que eu tivesse pedido, os débitos automáticos haviam sido suspensos. Como diria o Dalto, muito estranho...

Pedi ao gerente do banco uma carta explicando que os débitos havia sido solicitados pela Estrume. Mostrei a carta ao gerente da filial da Estrume em São Paulo. Ele ligou para a empresa e disse que aqueles débitos, apesar de terem o nome da empresa, não foram solicitados por ela. “Isso está acontecendo direto”, disse. “Parece até um débito-fantasma. Quer uma sugestão? Tira suas contas de débito automático”. Nem precisei, já que as contas haviam sido tiradas do débito sem que eu pedisse.

Paguei as contas novamente e nossos telefones foram religados. Depois, escrevi pelo menos três vezes e liguei sete ou oito vezes para a Estrume, mas ninguém resolveu nada.

Há poucos dias, para nossa imensa surpresa, uma funcionária da Estrume ligou. Disse que a empresa havia analisado o meu caso, mas não pôde concluir nada, porque – é aqui que a história fica mais cabulosa – as contas pagas em débito automático não haviam chegado à empresa.

Quer dizer que o cliente paga dois débitos automáticos em nome da Estrume, o banco confirma que o pagamento foi feito para a Estrume, e a Estrume diz que não recebeu? E as contas somem do débito automático? E aparecem no extrato bancário com valores diferentes?

A essa altura, eu estava tão possesso que ameacei processar a Estrume, o presidente da Estrume e toda a família Estrume. Devo ter soado convincente, já que a moça aceitou reembolsar os valores que eu havia pago em duplicidade. 

Mas a história não acabou ali. Sexta passada, imprimi o boleto para pagar a última conta da Estrume. E o valor que constava no site da empresa era diferente do valor do boleto. Liguei para a Estrume, e uma atendente disse: “Ignore o valor do site, senhor, pode pagar o boleto. Deve ser uma falha do sistema.”

Torço para que não, mas aposto que a saga da Estrume não acabou...

P.S.: Estarei fora o dia todo e impossibilitado de moderar comentários até o início da tarde. Se o seu comentário demorar a ser publicado, peço desculpas e um pouco de paciência.

 

 

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