Que “Interestelar” que nada. O Telecine Cult exibe hoje, às 22h, um filme com um roteiro bem mais inteligente, atores menos caricatos e uma visão mais humana e profunda sobre a exploração espacial: “S.O.S.: Tem um Louco Solto no Espaço” (1987), de Mel Brooks.
Uma “homenagem” a “Guerra nas Estrelas” e a vários outros clássicos da ficção espacial, “S.O.S.” tem Bill Pullman no papel de Luke Skywalker (Capitão Lone Star”), o saudoso John Candy fazendo Chewbacca (chamado “Barfolomew”) e o sumido Rick Moranis, um metro e meio de pura travessura, como Darth Vader (“Dark Helmet”).
Sem contar Dom De Luise como Jabba (“Pizza the Hutt”), a recém-falecida Joan Rivers dando voz à máquina Dot Matrix, e o próprio Mel Brooks como Yoda (“Yogurt”). E sem esquecer a gatíssima Daphne Zuniga como a Princesa Vespa.
Não revejo “S.O.S.” há uns 20 anos, mas algumas cenas são inesquecíveis: a abertura, com a nave tão imensa que nunca termina, é demais, assim como a participação de John Hurt (o que é aquele bicho saindo de sua barriga, Alien-style?) e a batalha final de espadas de luz entre Lone Starr e Dark Helmet, um dos momentos mais patéticos da história da ficção-científica, superado apenas pela astronauta Anne Hathaway defendendo a superioridade do amor sobre a razão em “Interestelar”.
Vale a pena ver o filme também para lembrar Rick Moranis, sumido das telas desde o fim dos anos 90, depois que a esposa morreu de câncer.
“S.O.S.” é estúpido? Claro que é. É ridículo? Com certeza. Mas “Interestelar” também é, com o agravante de se levar a sério.
Bom fim de semana a todos.
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