Amanhã, o “Saturday Night Live” completa 40 anos com um programa especial de três horas de duração. Parece que até Eddie Murphy, que não participa do programa há 31 anos, dará o ar de sua graça.
Separei dez momentos antológicos do programa. É uma escolha pessoal, baseada no que conheci dos primórdios do “SNL”, graças a DVDs e velhas fitas VHS, e da ótima fase da primeira metade dos anos 90, quando morei nos EUA e pude acompanhar o show semanalmente.
Peço desculpas antecipadamente por não ter incluído quadros mais novos – fãs de Tina Fey e Kristen Wiig certamente vão chiar – mas a verdade é que parei de me interessar pelo “SNL” há tempos.
Aqui vão, sem ordem de preferência, dez momentos sublimes do “Saturday Night Live”.
EDDIE MURPHY VIRA BRANCO
Murphy se fantasia e capricha na maquiagem para se “transformar” em branco e experimentar um dia na vida de um caucasiano. Um quadro que NUNCA iria ao ar hoje em dia:
SAMURAI NIGHT FEVER
John Belushi tinha um quadro famoso, inspirado nos samurais que Toshiro Mifune interpretava nos filmes de Kurosawa. Aqui, O Samurai de Belushi encarna Tony Manero, numa genial gozação com “Os Embalos de Sábado à Noite”:
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VAI, SPARTAN!
Cheri Oteri e Will Ferrell fizeram sucesso com um quadro sobre dois animadores de torcida. Aqui, eles animam um torneio de xadrez.
O PALESTRANTE MOTIVACIONAL
Chris Farley era obcecado por John Belushi. Tinha o mesmo tipo físico e adorava o humor pastelão e anárquico de Belushi. Infelizmente, Farley copiou outras características menos elogiáveis do ídolo, como o gosto pela cocaína. Numa coincidência mórbida, morreu da mesma forma – overdose de pó – e com a mesma idade – 33 – de Belushi. Mais um talento desperdiçado. Aqui, ele interpreta um palestrante motivacional que tenta ajudar uma família.
O GAME SHOW JAPONÊS
Isso é insuperável: Mike Myers faz um apresentador de TV japonês, e Alec Baldwin, Janeane Garofalo e Chris Farley, os concorrentes de um game show. Farley é um turista americano ignorante que caiu no programa por acaso e nãotem a menor ideia do que está acontecendo. O quadro é genial, escrito quase que totalmente em japonês embromation.
OPERAMAN
Antes de fazer fortuna no cinema com filmes horríveis, Adam Sandler teve uma carreira e tanto no “SNL”. Um de seus melhores quadros era Operaman, um cretino que comentava as notícias da semana como se estivesse cantando ópera. Aqui, ele encarna Operaman no show-tributo às vítimas dos atentados terroristas de 11 de setembro. As menções a Osama são demais.
O ADVOGADO DAS CAVERNAS DESCONGELADO
Outro ator do “SNL” que teve um fim trágico foi o talentosíssimo Phil Hartman, assassinado pela esposa, que cometeria suicídio horas depois. Hartman fazia um personagem sensacional, um homem das cavernas que passou milhares de anos congelado, até ser descoberto, descongelado, e virar advogado. Vejam o nobre jurista em ação.
NICK, O CANTOR DE LOUNGE
Um dos grandes personagens de Bill Murray foi Nick, um cantor de lounge. O quadro não tinha nada, era só Nick cantando, mas “nada”, na mão de Bill Murray, pode ser genial.
EDDIE MURPHY: MATEM OS BRANCOS!
Inacreditável imaginar que uma emissora de TV aberta exibisse isso hoje em dia: Murphy faz um cantor de reggae se apresentando para uma plateia, digamos, pouco amistosa...
O MELHOR DE 1975 A 2011
Uma compilação de grandes momentos dos primeiros 35 anos do programa, mostrando gente como Dan Aykroyd (fazendo o “irmão tcheco” com Steve Martin), o dueto de Frank Sinatra (Joe Piscopo) e Stevie Wonder (Eddie Murphy), Dana Carvey catando sua famosa “Choppin’ Brocolli”, Norm MacDonald apresentando o telejornal “Weekend Update”, Christopher Walken pedindo “More cowbell!”, Chris Kattan matando Danny De Vito de rir com seu “Homem-Macaco”, e outros.
Bom Carnaval a todos. O blog volta quarta-feira. E não esqueçam: estreou “20000 Dias Sobre a Terra”, com Nick Cave.
P.S.: Muito triste com a morte de David Carr, grande repórter e colunista do "The New York Times". O cara esteve em agosto na FLIP falando de sua arrasadora autobiografia, "A Noite da Arma". E quem quiser conhecer um pouco mais sobre o trabalho dele pode ver o documentário "Page One - Inside The new York Times". Imensa perda pro jornalismo mundial.
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