Sim, é verdade, a onda hipster é usar máquina de escrever.
Em praças de Williamsburgh e em Starbucks de São Francisco, o pessoal descolado anda revivendo o claque-claque das velhas Remingtons e Olivettis.
Veja esse projeto de Ginsberg, flagrado numa pracinha qualquer criando sua mais nova obra-prima:
Ou essa catadora de milho se exibindo num coffee shop. Detalhe para o celular vintage (ou “vin-têi-ji”, como gostam de dizer os hipsters brazucas):
Se a modinha está bombando agora em Nova York e Londres, deve chegar à Rua dos Pinheiros em três ou quatro anos. Tempo suficiente para você colocar em prática um plano perfeito para ficar rico explorando o hipsterismo.
O primeiro passo é correr em todos os brechós de sua cidade e vasculhar a Internet atrás de velhas máquinas de escrever, que podem ser adquiridas por uma bagatela.
Depois é só limpar as velharias, inventar nomes bacanas para cada uma – “Olivetti Plinio Marcos”, “Facit João do Rio”, “Remington Correio da Manhã” – e postar as fotos, com respectivos preços superinflacionados, em um site bacanérrimo. Vai chover dinheiro.
Os mais ousados podem abrir uma pequena cafeteria, com um busto de Hunter Thompson na frente, velhas páginas de tabloides nova-iorquinos decorando as paredes e Chet Baker e Orlando Silva em rotação permanente numa vitrola de plástico dos anos 70. Cada mesa teria uma velha máquina de escrever, em que os clientes podem digitar os pedidos.
Meu camarada Adão Iturrusgarai deu uma prévia de como seria o lugar:
Não interessa se a máquina estiver quebrada ou faltando alguma tecla. Hipsters amam essas pequenas idiossincrasias da era pré-digital.
Bom fim de semana a todos.
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