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Dez jóias esquecidas do pop brasileiro

Para animar seu fim de semana, fiz uma lista de dez canções extraordinárias do pop brazuca e que andam sumidas das programações de nossas rádios. Aqui vai:

 

Tony Bizarro – Estou Livre (1983)

Funkão de encher qualquer pista, cortesia de Robson Jorge e Lincoln Olivetti.

 

Téo - O Novo de Hoje Já é Velho Aqui (1974)

O disco de estreia de Téo Azevedo, “Grito Selvagem”, é uma obra-prima do samba-rock-funk-soul brazuca. Ouça essa música e diga se não lembra, e muito, a mistura de ritmos que a Nação Zumbi faria 20 anos depois...

 

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356x2371 Dez jóias esquecidas do pop brasileiro

Gerson King Combo – Pro Que Der e Vier (1978)

Essa música é completamente insana: começa com um baixão lúgubre e – juro – pós punk, à Gang of Four, com Gerson narrando um encontro com uma gata, e logo vira uma alegre baladinha de parque de diversões. Não achei o áudio original, mas procure que você acha.

 

Marcos Valle – Minha Voz Virá do Sol da América (1971)

Difícil imaginar um álbum pop mais criativo e inteligente que “Garra”, que Marcos Valle lançou em 71. E essa canção é a mais linda do disco, uma faixa instrumental arrebatadora.

 

As Exorcistas – Ho He Ho, Senhora Vandebilt (1974)

Mister Sam é gênio. Conseguiu juntar, num só compacto, Paul McCartney e o filme “O Exorcista”. Aproveitando o sucesso do filme de terror, Sam inventou o grupo feminino As Exorcistas e lançou um compacto com uma versão em português para “Mrs. Vandebilt”, do Wings.

 

Raul Seixas – Tapanacara (1977)

Não entendo como essa faixa, a primeira do álbum “O Dia em Que a Terra Parou”, não é lembrada quando se fala nos maiores clássicos do Maluco Beleza. É um petardo disco de primeira categoria com uma das letras mais engraçadas de Raulzito (“Randolph Scott que era um caubói retado...”) e tocada por um supergrupo de músicos do Azymuth e Banda Black Rio.

 

Walter Franco – Feito Gente (1975)

“Revolver” é um LP clássico do pop brasileiro, e “Feito Gente”, a pesada e genial faixa de abertura, é um heavy metal existencialista que só poderia ter saído da cabeça de Walter Franco.

 

Di Melo – Pernalonga (1975)

Em 1975, Di Melo lançou um LP que levava seu nome. Era um disco extraordinário, misturando samba-rock, funk e psicodelia (ouça a faixa “Conformópolis”), mas não vendeu nada. Di Melo tentou uma carreira de compositor (escreveu “Volta”, gravada por Wando), mas acabou desanimando da música e sumiu por mais de 30 anos. Disseram até que tinha morrido. Mas o homem está vivinho da silva.

 

Arthur Verocai – Na Boca do Sol (1972)

Outro grande músico brasileiro que lançou um disco estupendo – “Arthur Verocai”, de 1972 – não vendeu quase nada, e sumiu por anos até ser redescoberto nos Estados Unidos. Veja que beleza essa versão ao vivo de “Na Boca do Sol”...

 

Baiano e os Novos Caetanos – Urubu Tá com Raiva do Boi (1974)

A música mais conhecida desse projeto de Chico Anysio e Arnaud Rodrigues era “Vô Batê Pa Tu”, mas sempre preferi essa, um xote hilariante que mistura urubus, bois e “os sete pecados industriais”. Chico Anysio era o cara.

E um bônus: The Bubbles, em 1969, tocando "The Space Flying Horse and Me", com o grande Renato Ladeira nos teclados e voz. Renato nos deixou na quarta-feira, aos 63 anos. The Bubbles, ou A Bolha, foi uma das bandas mais importantes do pop brasileiro dos anos 60, acompanhando Jards Macalé, Raul Seixas, Erasmo Carlos e Gal Costa, entre outros. Renato também foi um dos integrantes do Herva Doce, que fez grande sucesso nas FMs brasileiras nos anos 80. Minhas condolências aos parentes, amigos e fãs desse cara importante.

Bom fim de semana a todos.

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