A Record estreia amanhã, às 23h15, a série “Bates Motel” (leia mais aqui). Se você gosta de “Psicose”, a obra-prima do suspense que Alfred Hitchcock lançou em 1960, certamente vai curtir a série, que mostra a vida de Norman Bates e da mãe, Norma, antes dos eventos mostrados no filme de Hitch.
Bates Motel - Trailer por thevideos no Videolog.tv.
Na série, Freedie Highmore (que fez Charlie na refilmagem de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, de Tim Burton) interpreta Norman Bates, papel eternizado por Anthony Perkins no filme de Hitchcock. E Vera Farmiga (“Os Infiltrados”, “Amor Sem Escalas”) faz sua mãe, Norma.
A história mostra Norma e Norman comprando um motel numa região costeira do Oregon (no filme, ficava na Califórnia) e contará como Norman desenvolveu o instinto assassino que o tornaria, depois, um dos personagens mais assustadores do cinema.
O autor de “Psicose”, Robert Bloch (1917-1994), ficou conhecido por livros de terror e romances sobre assassinos. Ele usou, como inspiração para “Psicose”, a história verdadeira de Ed Gein (1906-1984), um assassino que roubava cemitérios e fazia “troféus” com ossos e pele de humanos. Gein foi inspiração também de outros filmes conhecidos, “O Massacre da Serra Elétrica” (1974) e “O Silêncio dos Inocentes” (1991).
Quando “Psicose” estreou nos cinemas, em 1960, muita gente estranhou. Para começar, era em preto e branco, diferentemente dos filmes anteriores de Hitchcock, “Intriga Internacional” (1959) e “Um Corpo Que Cai” (1958). Parecia um filme B: era bem mais violento que outros filmes do diretor, com cenas aterrorizantes de facadas e sangue, e foi filmado por uma equipe de TV.
Psicose (Alfred Hitchcock) - Trailer por thevideos no Videolog.tv.
Mas o público adorou. “Psicose” foi um fenômeno de bilheteria e trouxe algumas das sequências mais marcantes da carreira de Hitchcock, especialmente a famosa “cena do chuveiro”, uma aula de montagem, em que a música de Bernard Herrmann só reforça o macabro.
A casa da família Bates era mostrada como um lugar lúgubre e mal-assombrado, em cima de um morro. Lembrava os velhos castelos de filmes de terror. Hitchcock parecia estar incorporando a seu cinema de suspense fórmulas de histórias de horror, o que ficaria mais evidente em seu filme seguinte, “Os Pássaros” (1963). Mas “Psicose” ainda é seu filme mais assustador.
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