Animais aprendem com os erros, certo?
Digamos que você é um cão. Num final de tarde qualquer, andando pelo jardim, você dá de cara com esse indivíduo:
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É um Coendou prehensilis, popularmente conhecido por ouriço-cacheiro. Mas você não sabe disso, nunca viu o tal Coendou mais magro, e reage instintivamente, como reagiria qualquer cão. Você ataca o bicho.
O que você não sabe é que o Coendou tem centenas de espinhos pontiagudos, que solta ao menor sinal de perigo. Se, de longe, a pelagem preta e amarela é bonita, de perto é assustadora: os espinhos têm ranhuras nas laterais, que dificultam sua retirada. Em questão de segundos, você está assim:
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Esta foto é de Jorge, nosso boxer. E não foi a primeira ou a segunda vez que Jorge atacou um ouriço-cacheiro, mas a terceira. Em quinze dias. E este ataque foi, de longe, o menos doloroso dos três. No primeiro, o cão ficou com o corpo inteiramente coberto de espinhos, parecia que tinha lutado MMA com o ouriço. Lembrava o Pinhead do filme “Hellraiser”. Achei uma foto de outro cachorro, que dá uma ideia do estrago:
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O que leva um animal a cometer o mesmo erro estúpido três vezes seguidas? De acordo com este artigo, de um site científico americano, ratos aprendem com os erros. Por que não boxers?
A imagem não dá ideia de como os espinhos penetram profundamente na pele. Para ter uma ideia, nas três vezes, nosso boxer teve de ser levado ao veterinário, onde tomou anestesia geral. Só com ele desacordado foi possível retirar, com alicate, os espinhos, alguns cravados no céu da boca. Não dá para imaginar a dor.
O veterinário disse que o ouriço, ao caminhar, provoca ondulações na pelagem, e o tom amarelado dos espinhos dá a impressão de que ele está brilhando. “Não tem cachorro que resista”.
Aparentemente, os ouriços gostam de sair mais nessa época, quando o tempo está esquentando. E com a abundância de ouriços e a teimosia dos cachorros, a única coisa a fazer é torcer para que eles não se esbarrem por aí.
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