Parece brincadeira, mas não é: o Estado de São Paulo acaba de proibir o comércio de armas de brinquedo. A razão? Para diminuir o número de assaltos de verdade, já que muitos bandidos usam réplicas de armas para assaltar bancos, lojas e residências.
A proibição de estende a todas as armas de brinquedo, não apenas às que parecem de verdade. Ou seja: seu filho nunca mais poderá brincar com uma arminha, mesmo que seja azul fluorescente, lance água e tenha um desenho do Bozo.
A decisão leva a algumas questões:
- Por que não proíbem só o comércio de réplicas?
- Será que os bandidos (os de verdade, claro) terão muita dificuldade para conseguir réplicas de armas?
- Agora que não podem usar réplicas, será que os meliantes passarão a usar armas de verdade?
- Alguém acredita que proibir uma criança de brincar de bangue-bangue ou polícia e bandido vai diminuir a criminalidade?
Essa lei parece mais um daqueles absurdos perpetrados em nome de um suposto benefício à população (lembram da ideia, felizmente abortada, de proibir “caronas” em motos para coibir assaltos?). Como se o governo dissesse: “Estamos fazendo a nossa parte para diminuir a criminalidade”.
Sinceramente, ninguém diminui criminalidade proibindo criança de brincar. Crianças sempre gostaram de arminhas de brinquedo. Eu, pessoalmente, não gosto que meus filhos brinquem de tiro e corram pelo quintal dando tiros imaginários nos coleguinhas, mas tenho certeza que isso não os transformará em delinquentes.
É claro que o comércio de réplicas de arma deve ser proibido. Mas botar pistolinha de água no balaio é uma piada de mau gosto. Nem uma criança de cinco anos acha que isso vai dar resultado.
Veja mais:
+ R7 BANDA LARGA: provedor grátis!
+ Curta o R7 no Facebook
+ Siga o R7 no Twitter
+ Veja os destaques do dia
+ Todos os blogs do R7
The post SÃO PAULO PROÍBE BANGUE-BANGUE DE MENTIRA appeared first on Andre Barcinski.