Sexta, dia 25, foi o dia mais vazio do Rock in Rio até agora.
Quão vazio?
Sinceramente, não dá pra afirmar, porque a assessoria de imprensa do festival, sempre tão solícita quando alguma subcelebridade do "BBB" está na área VIP doida pra aparecer, não divulgou, pelo menos até a meia-noite de sábado, um número oficial de ingressos vendidos.
O que posso dizer é que havia bem menos gente do que outros dias. Chuto uns 50% do público que foi ver o System of a Down na quinta, e menos da metade da noite do Queen Cover.
Peço desculpas antecipadas aos leitores, mas hoje perdi mais shows do que consegui ver.
Cheguei ao festival bem a tempo de ver o metal sinfônico do Nightwish (leia aqui minha crítica pra "Folha"). Não é a minha praia, mas foi muito bonito ver os metaleiros brasileiros cantando letras sobre mitologia nórdica. Metal dificilmente decepciona.
Depois do Nightwish, corri à sala de imprensa para escrever o texto e perdi o De La Tierra. Por sorte, o editor pediu um texto com uma análise dos primeiros dias do festival, o que me fez perder o show de Steve Vai.
Mas não perdi o Mastodon, que foi lindo. Melhor show do dia, na minha opinião: um stoner metal cabuloso, mas que perdeu bastante no palco grande. Diferentemente de Korn e Deftones, que tocaram no palco menor e mereciam o maior, o Mastodon seria melhor ainda no Sunset.
Depois foi a vez do Faith No More. E a exemplo do que ocorreu comigo no Queens of the Stone Age, só consegui ver o show aos pedaços, tendo de correr à sala de imprensa para mandar um texto no meio da apresentação.
Gosto muito da banda e dos caras, mas achei o show desanimado. O som estava muito mais baixo do que no Mastodon, e não ajudou. Mas desconfio que a performance de Mike Patton possa ter sido prejudicada por um incidente que poderia ter sido bem mais grave do que foi.
Na terceira música do show, "Caffeine", Mike tentou pular na plateia - uma insanidade, já que a distância era grande - mas ficou com o pé preso no fio de um microfone e caiu em cima da grade que separava os fotógrafos do público. Pessoas que presenciaram a cena disseram não saber como ele conseguiu voltar ao palco e continuar o show.
Veja aqui a foto absolutamente antológica que meu colega da "Folha", Zanone Fraissat, fez do voo kamikaze de Mike Patton.
Bastou pra mim, que saí correndo e vi parte do Slipknot do hotel. E melhor: verei o resto do Rock in Rio de casa.
O blog volta com um texto inédito na terça, dia 29. Ótimo fim de semana e fim de Rock in Rio para todos.
The post Mastodon: o melhor do dia mais vazio appeared first on Andre Barcinski.