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Os dez melhores filmes de 2015

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Aqui vão, sem ordem de preferência, os dez melhores filmes que vi em 2015. Privilegiei títulos lançados no Brasil. Todos estão disponíveis em locadoras ou serviços de streaming nacionais.

Lembrando que alguns dos filmes que possivelmente estariam na lista de melhores do ano – “Carol”, de Todd Haynes, “The Big Short”, de Adam McKay – ainda não saíram por aqui.

Vício Inerente, de Paul Thomas Anderson
Baseado no livro de Thomas Pynchon, é um thriller detetivesco, lisérgico e hilariante sobre o início dos anos 70 na Califórnia, quando a contracultura se choca com Nixon. Sugiro uma sessão dupla com “Medo e Delírio”, de Terry Gilliam.

Timbuktu, de Abderrahmane Sissako
A vida de uma aldeia no norte do Mali tomada por extremistas. Poderia ter virado um dramalhão novelesco nas mãos de um diretor menos competente, mas Sissako é muito talentoso e consegue incluir passagens irônicas e engraçadas na narrativa. Fora que tem uma das melhores cenas de futebol já filmadas.

Night Will Fall, de Andre Singer
Em 1945, o produtor de cinema Sid Bernstein e Alfred Hitchcock juntaram forças para realizar um documentário sobre a libertação dos campos de concentração nazistas pelas forças Aliadas. O filme nunca foi terminado. Mais de 70 anos depois, o documentarista Andre Singer conta, em “Night Will Fall”, a história desse projeto. Assustador é pouco.

The Overnighters, de Jesse Moss
Quando empregos em campos de petróleo começam a atrair dezenas de milhares de pessoas ao estado de Dakota do Norte, um pastor briga com sua pequena cidade para permitir que os trabalhadores usem sua igreja como hospedagem. O final é tão surpreendente que, se um roteirista escrevesse como obra de ficção, diriam que ele havia exagerado.

Mapas para as Estrelas, de David Cronenberg
David Cronenberg filmou Homens-Mosca, cérebros que explodem por poderes telecinéticos e explorou os universos de Kafka, Stephen King e Ballard. Mas em “Mapas para as Estrelas” ele ataca um mundo ainda mais bizarro, o das megacelebridades hollywoodianas. Julianne Moore antológica.

What Happened, Miss Simone?, de Liz Garbus
Excelente documentário sobre a grande cantora norte-americana Nina Simone (1933-2003). Apesar de chancelado pela família de Simone e, por isso, evitar passagens mais tristes da vida da artista, tem imagens de arquivo impressionantes que mostram por que ela foi uma cantora única.

Going Clear: Scientology and the Prison of Belief, de Alex Gibney
Dirigido por Alex Gibney, responsável por excelentes documentários sobre o Wikileaks e o escândalo da Enron, e baseado no livro do jornalista investigativo Lawrence Wright, “Going Clear” conta a história da Cientologia e de seu criador, L. Ron Hubbard (1911-1986). Mas é a segunda parte, depois da morte de Hubbard e com a ascensão de seu “vice”, David Miscavige, que o filme fica realmente assustador. E quem ainda tinha dúvidas de que Tom Cruise tem vários parafusos a menos vai se convencer.

Sicario, de Dennis Villeneuve
Grande thriller do canadense Dennis Villeneuve (“Suspeitos”) sobre uma equipe de elite do exército norte-americano que combate uma rede de traficantes de drogas na fronteira com o México. Emily Blunt surpreende, mas quem comanda o filme é Benicio Del Toro. Há um tiroteio em meio a um engarrafamento de trânsito que merece ser visto e revisto.

O Ano Mais Violento, de J.C. Chandor
Sidney Lumet vive. Não, não é verdade, ele morreu em 2011. Mas o espírito de seus filmes – thrillers urbanos nova-iorquinos sobre a marginalidade e a política – sobrevive em “O Ano Mais Violento”, filmaço de J.C. Chandor em que Oscar Isaac faz o dono de uma firma de venda de óleo para aquecedores que precisa lidar com uma concorrência, digamos, feroz.

Ida, de Pawel Pawlikowski
Excepcional filme polonês, filmado em preto e branco, sobre uma noviça que, nos anos 60, vai visitar uma tia e descobre segredos terríveis sobre sua família. Foi lançado no finzinho de 2014 e por isso não entrou na minha lista do ano passado.

O blog volta em 11 de janeiro. Um maravilhoso fim de ano para todos e até lá.

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