Quantcast
Channel: Andre Barcinski
Viewing all articles
Browse latest Browse all 575

A SABEDORIA DE LUX INTERIOR

$
0
0

Semana de mortes e efemérides: as partidas trágicas de Eduardo Coutinho e Philip Seymour Hoffman, os 40 anos do ABBA e os 50 da explosão da Beatlemania...

Para terminar essa semana triste, que tal a efeméride de uma morte?

Há cinco anos, foi-se Lux Interior, cantor e mentor do Cramps. Em vez de explicar pela milésima vez por que acho que toda criança deveria crescer ouvindo Cramps, toda escola deveria tocar “The Way I Walk” no recreio, e toda família deveria dar as mãos no sofá e assistir a esse show da banda em Boston, 1983, resolvi selecionar algumas das melhores frases e pensamentos de Lux. Aproveite:

The Cramps "She Said" por thevideos no Videolog.tv.

“Sempre me perguntam por quanto tempo vamos continuar tocando. Mas isso não nos preocupa. Além disso, o que mais poderíamos fazer? Nós devemos estar entre as pessoas menos ‘empregáveis’ do mundo. Se eu não estivesse nos Cramps, não sei onde estaria”

“Muitas vezes nos pegamos imaginando como é tênue a linha que separa o que fazemos de estarmos presos. Rock’n’roll é a melhor maneira de freaks como nós encontrarem um objetivo na vida. Não sermos pegos – essa é nossa única ambição.”

“Toda vez que lançamos um álbum, algumas pessoas dizem: ‘Ah, mas é igual aos outros, por que eles não conseguem crescer a evoluir?’ Mas nunca usamos o Cramps para chegar a um ponto evolucionário futuro. Pode não ser do gosto de todos. É para quem pode se identificar com ser um bandido, um fodido, um freak.”

“Eu gostava dos B-52’s até perceber que, fora dos palcos, eles eram pessoas normais.”

“Há muitas bandas hoje que tratam o rockabilly de modo reverente. Elas cantam sobre dançar ao lado da máquina de refrigerantes e essas coisas. Mas isso não tem nada a ver com rockabilly. Rockabilly é sobre uma coisa apenas: sexo.”

“A melhor definição da palavra ‘punk’, pra mim, é a de William Burroughs (autor ‘beat’): ‘Sempre achei que punk eram quem levava no rabo!’”.

“O que me revolta é ver como as pessoas podem estar tão satisfeitas e anestesiadas. Não quero voltar pros anos 50 ou nada do tipo, mas lembro um tempo em que carros pareciam foguetes e as pessoas queriam se divertir loucamente, se vestir de maneira sexy, dançar sexy e tentar coisas novas e loucas. Me parece que hoje há uma abundância de tédio e timidez, e é isso que me revolta: pessoas tediosas.”

“Meus hobbies são poucos. Temos uma coleção gigante de quadrinhos dos anos 50, de discos antigos, e tenho umas 80 velhas câmeras fotográficas 3D. Ah, e gosto de ver a Ivy andando pela casa com roupinhas microscópicas!”

“Tenho de agradecer a meu irmão mais velho por meu gosto musical. Ele era um delinqüente juvenil nos anos 50 e me deixou uma imensa coleção de compactos.”

“Temos cerca de 200 compactos originais da Sun. Quando conheci a Ivy, ouvimos dizer que você podia comprar os discos originais em Memphis, então fomos até lá de carro, desde Sacramento. (distância: 3358 km!) Isso foi em 1972. Você podia comprar seis compactos da Sun por um dólar. Ou seja, você podia ter uma cópia original de “Flying Saucers Rock and roll”, de Billy Lee Riley, por 18 centavos de dólar. Compramos caixas deles para trocar com colecionadores.”

“Minha fórmula para uma vida saudável e destruir em cima de um palco? Em primeiro lugar, um pacto com o Diabo, seguido de muito café, vitaminas, comida de bebê e picles.”

Veja mais:
+ R7 BANDA LARGA: provedor grátis!
+ Curta o R7 no Facebook

+ Siga o R7 no Twitter

+ Veja os destaques do dia
+ Todos os blogs do R7

The post A SABEDORIA DE LUX INTERIOR appeared first on Andre Barcinski.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 575