12 YEARS A SLAVE - Trailer Legendado por thevideos no Videolog.tv.
Nem todo filme importante é um grande filme. Está aí “12 Anos de Escravidão” para provar.
O tema é relevante – a escravidão de negros na América do Norte – e a história é revoltante, com direito a selo de autenticidade “baseado num caso real”. Mas uma obra não se resume a seu tema, e o filme de Steve McQueen não traz nada de tão novo ou tão criativo assim para justificar tanta badalação.
O personagem central da história é Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um negro livre que é seqüestrado em Washington em 1841 e vendido como escravo no sul dos Estados Unidos.
O filme relata a passagem de Solomon – rebatizado pelos seqüestradores de “Platt”, nome de um escravo fugitivo – pelas fazendas de vários senhores de terra, incluindo o sádico Edwin Epps (Michael Fassbender).
Solomon é um homem fino e educado, com uma família de cartão-postal e grande talento para tocar violino, e subitamente é jogado na senzala e tratado como um animal.
Na mão de um diretor mais sensível, o filme poderia abordar com mais contundência esse aspecto da história de Solomon - como ele só parece despertar para as injustiças à sua volta quando é vítima delas. Mas McQueen se limita a contar, de forma até burocrática, os 12 anos de tortura e injustiças sofridas por Solomon.
Os personagens parecem caricaturas: os brancos são sádicos ou complacentes - com exceção de Brad Pitt, co-produtor do filme e dono de um ego do tamanho de um bonde, que se deu de presente o único personagem branco admirável da trama. E ótimos atores como Fassbender, Paul Giamatti e Paul Dano competem para ver quem faz o senhor de escravos mais furibundo e salivante.
Até um faroeste satírico como “Django Livre”, que mais parecia um desenho animado e não tinha a pretensão à acuidade história de “12 Anos de Escravidão”, tinha um personagem interessante e complexo em Samuel L. Jackson, no papel de um negro que infligia castigos em outros negros.
Uma das poucas cenas que destoa da mesmice no filme é a que mostra Solomon submetido a um castigo terrível enquanto crianças brincam em volta dele. É um retrato forte da banalidade com que a violência contra os negros era tratada. E um momento muito bom de um filme nem tanto.
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