O Lollapalooza Brasil tem cinco palcos, o que significa que você perderá 80% dos shows.
Fui ao festival em Santiago e achei que seria uma boa ideia fazer uma sugestão de roteiro para quem vai à edição brasileira.
Aqui vai um roteiro pessoal para o Lolla. Claro que é sujeito a injustiças, já que não vi os shows de algumas atrações (perdi Flume, Lorde e AFI no Chile, por exemplo), mas espero que ajude alguns leitores, ainda indecisos.
Quanto à vestimenta adequada, escolha, entre os três modelos abaixo, o que mais se adequa ao seu style...
SÁBADO, 5 DE ABRIL
12h20 – Eu chegaria cedo para ver o Vespas Mandarinas, banda muito boa de meu amigo Chuck Hipolitho. O disco do VM, “Animal Nacional”, foi uma das boas surpresas do ano passado.
13h – Uma passada no show de um artista que não conheço, Silva, mas sobre quem já li vários elogios.
14h – A coisa começa a esquentar com o Capital Cities. Se você trabalha em agência de publicidade, mas sonha em ser um popstar e tocar nos maiores palcos do mundo, não se desespere: se esses dois conseguiram, você também pode. Basta fazer uma musiquinha dançante, inofensiva e engraçadinha, com um refrão ideal para animar um comercial de celular, e montar uma banda de apoio multiétnica e lindona, com o cuidado de incluir metais e uma percussãozinha latina, para dar um clima “globalizado” à maçaroca. Daí, é só botar umas canções em comerciais de TV e correr pro abraço. Sintam o drama:
Capital Cities - Safe And Sound Live at Lollapalooza Chile 2014 por thevideos no Videolog.tv.
15h – Em tributo ao mestre da house music, Frankie Knucles, que morreu dias atrás, todos os espectadores deveriam ir ao palco eletrônico e jogar caquis podres no trio Perry Farrell/Etty Farrell/Joachim Garraud. Depois, vale dar uma passada no Cage the Elephant, para ver quantas vezes o vocalista vai se jogar na platéia enrolado numa bandeira do Brasil. E, às 15h30, tem a farofa pop latina do sempre divertido Café Tacuba.
16h – O show de Julian Casablancas foi unanimemente escolhido o pior do Lollapalooza Chile. As descrições variaram de “ensaio de banda de metal de colégio” a “um lixo completo”, então acho obrigatório dar uma passada pra conferir o desastre. Boa oportunidade de fazer um selfie mostrando o dedo médio para o cantor dos Strokes.
17h – Aí não tem erro: é Imagine Dragons na cabeça e um Smartphone na mão. Só o vocalista, com aquela pinta de modelo da Gap, garante boas risadas. Mas não perca a tarde toda nessa enganação. No outro palco, vale conferir o Portugal.The Man, e ainda sobra tempo para entrar no banheiro químico e fazer um selfie para compartilhar com os amigos.
18h30 – Perdi o show de Lorde em Santiago, mas ainda prefiro passar meu tempo vendo o Phoenix, que faz um show energético e para cima, embora a insistência do cantor em pular na plateia pareça puro teatrinho.
20h – A Nação Zumbi toca muito por aqui, então eu rumaria ao palco principal para ver Trent Reznor e o Nine Inch Nails, sempre um show intenso e bacana. Se você sofre de epilepsia, tome cuidado com as montanhas de estrobos apontados para público. É sério.
21h30 – Muse não dá. Os caras têm muitos fãs, o que é compreensível, dada sua superproduzida mistura de metal de arena e rock progressivo. Eu iria de Disclosure, um duo de irmãos britânicos cujo disco de estreia, “Settle”, recebeu mais elogios do que acho que merecia. Mas o pop eletrônico dos irmãos é muito bem feito e animado.
Amanhã, o roteiro sugerido para o domingo, melhor dia do Lollapalooza. Até lá.
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