Aqui vai, sem ordem de preferência, a lista dos melhores livros que li em 2015. Peço desculpas pela pouca presença de obras de ficção, mas a verdade é que, nos últimos tempos, tenho lido mais autores antigos.
Mandem suas listas, por favor.
Na quinta publico a lista de melhores discos do ano e na sexta a de melhores filmes.
Jerry Lee Lewis – Sua Própria História, de Rick Bragg
Um dos melhores livros sobre música que já li é “Hellfire”, a biografia de Jerry Lee Lewis escrita por Nick Tosches. Mas essa autobiografia do “Killer”, narrada para Rick Bragg, não fica muito atrás. Um relato fascinante sobre o maior performer do rock.
As Aventuras do Bom Soldado Svejk, de Jaroslav Hasek
Lançado em 1921, saiu recentemente em nova edição brasileira e é uma obra-prima da literatura satírica, que relata as aventuras hilariantes de Svejk, um soldado cretino, na Primeira Guerra. Não sei como pude passar a vida inteira sem ter lido essa maravilha.
Sam Phillips – The Man Who Invented Rock’n’Roll, de Peter Guralnick
O livro acabou de sair e tem 800 páginas. Estou na metade e adorando. Guralnick fez livros clássicos sobre Elvis Presley e a música de raiz americana, e aqui conta em detalhes a vida e obra do homem que verdadeiramente “inventou” o rock, e que Guralnick conheceu por quase 25 anos.
The Song Machine – Inside the Hit Factory, de John Seabrook
História da música pop dos últimos vinte e tantos anos e dos superprodutores que dominam o mercado, como Max Martin, Dr. Luke, Denniz PoP e Stargate. Você pode não ser fã de Britney e Kary Perry, mas é fascinante descobrir os segredos por trás de seus hits.
Perfidia, de James Ellroy
Primeiro livro de uma tetralogia e projeto mais ambicioso de Ellroy: contar a origem de TODOS os personagens que criou em clássicos como “Dália Negra”, “Los Angeles, Cidade Proibida” e “Tabloide Americano”. O louco junta a trupe – 87 personagens, para ser exato – numa história absurdamente intrincada, sangrenta e doentia, passada nos dias que se seguiram ao bombardeio japonês a Pearl Harbor, em 1941. Setecentas e vinte páginas de pulp fiction da melhor qualidade.
Le Freak, de Nile Rodgers
Saiu este ano no Brasil e é uma das melhores autobiografias que li em muito tempo. As histórias sobre os megasucessos que Nile teve com Chic, Madonna e Bowie são demais, mas a descrição de sua infância absurdamente triste é a parte mais incrível do livro.
Como a Música Ficou Grátis, de Stephen Witt
Um livro de não-ficção com o ritmo e as surpresas de um thriller de espionagem, conta a história da decadência da indústria musical nas últimas duas décadas pela ótica de diversos personagens: o inventor do MP3, o líder de um grupo de piratas de música, um alto executivo de gravadora e outros.
Número Zero, de Umberto Eco
Me diverti demais com o relato ficcional de Eco sobre um jornal criado só para destruir reputações de adversários políticos. Passado em 1992 durante a investigação Mãos Limpas, poderia muito bem ter saído da cabeça de um autor brasileiro na era da Lava Jato.
Devoradores de sombras – A história real de uma jovem inglesa que desapareceu nas ruas de Tóquio e do mal que a aniquilou, de Richard Lloyd Parry
Lucie Blackman, uma jovem inglesa, desaparece misteriosamente enquanto trabalhava em uma casa noturna em Tóquio. A investigação desvenda não só o sumiço de Lucie, mas uma sombria e pouco falada rede de crimes contra estrangeiras na capital japonesa. Outro livro de jornalismo investigativo comum enredo digno de thriller policial.
A Balada de Adam Henry, de Ian McEwan
Um livro curto e emocionante sobre uma juíza que precisa decidir um caso polêmico sobre um menor de idade cujos pais, por motivos religiosos, recusam fazer a transfusão de sangue que pode salvar a vida do menino.
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